Israel anunciou sábado à população do norte e centro-norte de Gaza a abertura de um corredor de saída para o sul do enclave, que permanecerá em vigor das 10:00 às 13:00 de deste domingo (das 08:00 às 11:00 em Lisboa).
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel para a imprensa árabe, coronel Avichay Adraee, publicou na rede social X, antigo Twitter, que os residentes que ainda estão no norte de Gaza poderão viajar pela estrada central de Saladino para Khan Yunis “sem perigo de bombardeamentos”.
Vários hospitais do enclave declararam-se incapazes de deslocar os doentes, uma vez que não têm capacidade para transferi-los.
Até agora, o Exército israelita, que acusou o grupo islamita Hamas de bloquear a retirada de civis do norte do enclave, não avançou com a incursão terrestre em grande escala que a população de Gaza teme há dias, mas alertou hoje que, em breve, haverá “atividades militares significativas” na área.
“As FDI [Forças de Defesa de Israel] continuam a operar sobre a Faixa de Gaza e a atacar vários alvos militares do Hamas. Apelamos à população civil no norte da Faixa de Gaza para se retirar para sul do Rio Gaza. Isto não é notícia. O que sim é notícia é que o Hamas emitiu avisos aos seus civis para não evacuarem”, disse o porta-voz militar, tenente-coronel Jonathan Conricus, no relatório diário publicado na rede social X.
“Escutem os nossos avisos. Estamos a dizer que haverá atividades militares significativas aqui e instamos os civis a retirarem-se para a sua própria segurança”, disse Conricus.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou no dia 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra”