Não tenhamos ilusões, os problemas da saúde são estruturais e demoram tempo a resolver. Se é verdade que a anterior maioria absoluta é, em parte, responsável pelas dificuldades que estamos a enfrentar – pois apostou fortemente num discurso triunfalista e no conflito com os profissionais, em vez de tomar medidas efetivas para a resolução do problema –, torna-se cada vez mais evidente que o atual Governo, depois de ter criado expectativas de que seria fácil a resolução de todos os problemas do setor, pouco ou nada fez para inverter o cenário que há muito se adivinhava.

À medida que o mundo se debate com desafios urgentes como as alterações climáticas, a desigualdade social e as falhas de governação, a divulgação sólida de ESG não é apenas um requisito regulamentar, mas um imperativo moral.

Esta convenção democrata pareceu ser retirada de um antigo manual republicano, destinada a provocar a ira de Donald Trump, que anteriormente afirmara que os democratas não gostavam de usar a bandeira dos Estados Unidos.

Se queremos fugir aos “achismos”, de quatro em quatro anos, nesta como em muitas outras matérias fulcrais, temos de investir como um todo, sem populismos ou demagogia barata, com rigor, instaurar uma cultura de responsabilização, e, à semelhança do ciclismo de pista ou da canoagem, os resultados aparecerão.

Esperar-se-ia que o Governo de Luís Montenegro se tivesse limitado a reparar a arbitrariedade da aplicação de regras e que o princípio da confiança fosse restabelecido e reafirmado. Infelizmente veio com zelo contrarrevolucionário e faz tábua rasa da capacidade de os condóminos vetarem que os ganhos fossem todos para uns e os prejuízos todos para outros.

A internet é uma ferramenta muito poderosa – disto todos sabemos –, mas é-o não somente pela sua vertente convencional, de relação consumidor-plataforma, mas também pela relação inversa de plataforma-consumidor: o poder intrínseco da internet não é intrínseco por si, mas principalmente pela capacidade humana de adaptar a plataforma às suas vontades, prioridades e objetivos. Mais que isso, pelo intemporalmente mediano carácter humano e pelos avanços algorítmicos de hoje, o viés de confirmação mantém-se mais forte que nunca.

Lamentavelmente, o país mostra-se incapaz de reduzir o seu atraso para com os seus parceiros europeus nesta matéria, o que redunda numa redução cada vez mais clara da nossa qualidade de vida relativa.

É imperativo que repensemos e atualizemos a nossa abordagem, precisamos de investir fortemente em inovação e educação, de criar um ambiente onde o talento possa prosperar e ser retido. É necessário que reavaliemos as nossas políticas e práticas.