José Pedro Aguiar-Branco abriu hoje o seu discurso na sessão solene do 25 de Novembro, no parlamento, frisando que a revolução democrática de 25 de Abril de 1974 não é desvalorizável, equiparável ou substituível.
Numa intervenção que antecede a de Marcelo Rebelo de Sousa, que vai encerrar a cerimónia, o presidente da Assembleia da República preveniu que ia logo direto à questão controversa sobre o significado histórico da operação militar de 25 de Novembro de 1975 e não iria fazer de conta que não existe.
“Há quem tema que a cerimónia de hoje sirva para comparar datas e acontecimentos, há quem tema que esta cerimónia sirva para desvalorizar o 25 de Abril, para o desconsiderar. Permitam-me a clareza: o 25 de Abril não é desvalorizável, não é equiparável, não é substituível”, declarou o presidente da Assembleia da República.
Para Aguiar-Branco, assinalar o 25 de Novembro “não é mais do que celebrar Abril e o que só Abril iniciou: A liberdade e o desejo de democracia”.
“Liberdade e democracia que devem ser celebradas todos os dias. Hoje não é exceção. É até um dia maior para isso”, sustentou José Pedro Aguiar-Branco.