O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu no sábado, 16 de novembro, aos Estados Unidos para não ultrapassarem a “linha vermelha” no apoio a Taiwan.

O apelo de Xi foi feito durante um encontro com o Presidente cessante dos EUA, Joe Biden, em Lima, no Peru, à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

A “questão de Taiwan, a democracia e os direitos humanos”, bem como o sistema político e económico e os interesses de desenvolvimento da China “são as quatro linhas vermelhas da China que não devem ser postas em causa”, afirmou Xi Jinping, citado pela emissora estatal chinesa CCTV.

“Estas são as garantias mais importantes e a rede de segurança para as relações entre a China e os EUA”, acrescentou Xi, de acordo com a CCTV.

O dirigente chinês condenou ainda as “ações separatistas” dos líderes de Taiwan, afirmando que são “incompatíveis com a paz e a segurança” na região.

Pequim reivindica Taiwan como parte do território chinês e, nos últimos anos, intensificou a pressão, com incursões aéreas e manobras militares em torno da ilha.

Os Estados Unidos são o principal aliado em matéria de segurança de Taiwan, apesar de não reconhecerem diplomaticamente a ilha.

Durante o encontro com Joe Biden, Xi Jinping disse também que Washington “não deve intervir em disputas bilaterais (…) e não deve tolerar ou apoiar ações provocatórias” no mar do Sul da China, informou ainda a CCTV.

Pequim reivindica a soberania sobre quase todos os recifes e ilhotas desabitadas no mar do Sul da China por razões históricas, ignorando uma decisão do tribunal internacional de 2016 que considera que estas reivindicações não têm base legal.

Filipinas, Vietname, Malásia, Brunei e Indonésia têm reivindicações rivais sobre esta zona marítima de grande importância comercial e estratégica.

A situação agravou-se nos últimos meses. Vários episódios de violência opuseram navios chineses a navios vietnamitas e filipinos naquelas águas.