Carlos Moedas salientou, esta quarta-feira, que em 2025 a cidade contará com o “maior orçamento alguma vez apresentado”, no total de 1.359 milhões de euros, e que este será muito importante “para a resolução dos problemas”.

“Estamos a apresentar, neste momento, aquele que será o maior orçamento alguma vez apresentado em Lisboa […], um orçamento que investe nas pessoas e naquilo que é importante para as pessoas”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, salientando a importância da dimensão do orçamento que será “muito importante para a resolução dos problemas” na cidade.

O executivo de PSD e CDS na Câmara de Lisboa apresentou, esta quarta-feira, um orçamento municipal de 1.359 milhões de euros para 2025, ligeiramente superior aos 1.303 milhões previstos para este ano, anunciou o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia.

O vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro das Finanças revelou que a proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2025 é de 1.359 milhões de euros, em que se prevê 918 milhões para despesas correntes e 441 milhões para despesas de capital.

Carlos Moedas frisou que o orçamento municipal continua a apostar na habitação, lembrando os 560 milhões de euros assinados durante os últimos anos e que “vão continuar com grande força”.

O autarca sublinhou que o orçamento hoje apresentado nos Paços do Concelho, em Lisboa, destaca também as pessoas em situação sem-abrigo, lembrando que foram já retiradas da rua “situações muito concretas que nunca tinham sido resolvidas até agora”, caso da igreja dos Anjos, em Arroios.

A este propósito, Carlos Moedas adiantou que, na terça-feira, foram retiradas as pessoas que se encontravam em 17 tendas localizadas atrás do Banco de Portugal, no Regueirão dos Anjos, tendo seguido para pensões.

Reconhecendo os problemas existentes em algumas partes da cidade e notando o esforço que está a ser feito, Carlos Moedas disse ainda que foram dados mais recursos às freguesias e que na higiene urbana “aumentaram mais 60% dos fundos”.

“Às vezes são razões muito simples. Ao domingo não fazemos recolha, é o acordo que temos com os sindicatos, nesses dias, por vezes, acontecem situações que não deviam acontecer”, salientou, lembrando que investiu na contratação de 200 pessoas em 2022, depois mais 200 e que agora irá contratar mais 100.

“Ao todo são 500 pessoas, não vou descansar enquanto não resolver o problema de 14 anos e que não se resolve em três anos, isso é óbvio que não se consegue. Vamos lutando, vamos melhorando, apesar de todas as lutas políticas que fazem parte sobretudo nestas alturas”, explicou.

O autarca frisou ainda ser “muito cedo para campanhas”, apesar de existirem “muitos partidos que já estão em campanha”, numa referência às eleições autárquicas que se irão realizar no outono de 2025.

No orçamento municipal para este ano de 2024, a câmara estimou uma despesa de 1,3 mil milhões de euros, “bastante alinhada” com a de 2023. Entre o valor de despesa previsto para 2024 de 1.303 milhões de euros, o município perspetivou 481 milhões em despesas de capital, nomeadamente 403 milhões em investimento e 78 milhões em ativos e passivos financeiros.

Para 2023, a câmara apontou para um “crescimento do investimento em cerca de 15%”, podendo chegar aos 455 milhões de euros, quando em 2022 a estimativa foi de 399 milhões.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS/MPT/PPM/Aliança) – que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do Bloco de Esquerda.