Fernando Madureira negou, esta quarta-feira, ter cometido qualquer crime durante a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto de 13 de novembro do ano passado, nomeadamente as agressões, ameaças e tentativas de coação de que é acusado na Operação Pretoriano, escreve o Jornal de Notícias.

O antigo líder dos Super Dragões confessou, durante a audição desta manhã, o amor e a gratidão que tem pelo FC Porto e por Jorge Pinto Nuno da Costa.

A audição de Fernando Madureira iniciou-se esta manhã, às 10h50, com a sessão a ser interrompida para almoço. Durante a tarde deverá continuar a prestar declarações perante a juíza de instrução, esperando-se que descreva o papel que desempenhou na reunião magna do FC Porto do ano passado.

Depois de Fernando Madureira, devem ser ouvidos ainda hoje a sua mulher, Sandra Madureira, e Fernando Saúl, ex-oficial de ligação do FC Porto às claques. A audição da ex-vice-presidente dos Super Dragões estava prevista iniciar-se às 14h30.

Recorde-se que a Operação Pretoriano investiga as altercações e agressões registadas durante a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, a 13 de novembro do ano passado, que o Ministério Público acredita terem sido levadas a cabo pelos Super Dragões, para “criar um clima de intimidação e medo”, de forma a fazer passar uma proposta de estatutos da então direção do clube azul e branco, que era “do interesse da atual direção”, à altura liderada por Pinto da Costa, e bastante favorável à claque portista.

Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação, de que agora são acusados pelo Ministério Público.

Fernando Madureira e Sandra Madureira foram detidos na altura, assim como mais 10 adeptos do FC Porto, incluindo dos funcionários do clube azul e branco. O antigo líder dos Super Dragões ficou em prisão preventiva e a mulher ficou obrigada a apresentar-se regularmente na esquadra da sua zona de residência, proibição de frequentar recintos desportivos e de contactar com os Super Dragões.