Luís Montenegro afirmou hoje que Marques Mendes “é um dos que encaixa melhor” no perfil a candidato presidencial que traçou na moção ao Congresso do PSD e assegurou que tem tido “relações muitíssimo boas” com Marcelo Rebelo de Sousa.
“Podemos concluir que ele encaixa bem no perfil que está na minha moção de estratégia e que será apreciada no próximo Congresso. Não é o único, mas é um daqueles que encaixa melhor nesse perfil”, afirmou, em entrevista à SIC.
Já sobre as relações com o Presidente da República, o primeiro-ministro recusou confirmar que não tem dado conhecimento de algumas decisões com antecedência ao Presidente da República.
“Vou apenas dizer que temos tido uma relação muitíssimo boa, que cresce com o tempo, do ponto de vista da fluidez com que vamos analisando a situação e tomando decisões em conjunto, respeitando eu os poderes que são do Presidente e, obviamente, querendo para o exercício das funções do Governo o respeito pelas funções que são do Governo”, afirmou.
E acrescentou: “Sinceramente, não há nenhuma questão que possa ser apontada na relação do Governo com o Presidente da República”.
Já sobre as eleições autárquicas, que se realizam no próximo ano, Montenegro disse ter o processo de escolha dos candidatos “muito adiantado”, mas apenas aceitou falar sobre o caso de Lisboa, onde disse ter a expectativa da recondução de Carlos Moedas, até com uma maioria mais estável.
“Teremos várias oportunidades de apresentarmos candidaturas em coligação com a Iniciativa Liberal. Lisboa será, porventura, um desses casos, não quero antecipar as decisões”, afirmou.
O primeiro-ministro escusou-se a responder se estaria disponível para uma eventual recondução do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, dizendo que só responderá a esta pergunta “no fim do mandato”.
“Ninguém toma uma posição a meio ano de distância”, disse, embora admitindo que já tem “seguramente” uma posição na sua cabeça.
Sobre a TAP, o primeiro-ministro nunca respondeu à pergunta se o concurso de privatização será ou não aberto este ano e repetiu que a sua preferência é pela privatização total, mas admitiu outras soluções para manter rotas estratégicas e o “hub” em Lisboa”.
“Estamos a estudar o melhor modelo para sermos bem-sucedidos”, disse.