Os dois incêndios rurais que deflagraram no domingo no concelho de Sever do Vouga, estão hoje de manhã em “rescaldo e vigilância”, mas “ainda há muito trabalho pela frente”, segundo a Proteção Civil e o município.

Em declarações à Lusa, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil explicou que o fogo que começou perto das 2h00 de domingo em Pessegueiro do Vouga entrou um resolução pelas 7h00 de hoje e o que foi registado a partir das 14h58 do mesmo dia em Sever do Vouga entrou em resolução às 3h07 de hoje.

Segundo fonte, às 8h20 estavam no terreno em Pessegueiro do Vouga 502 operacionais, apoiados por 142 viaturas, e em Sever do Vouga estavam 325 operacionais e 93 viaturas.

À Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, Paulo Nogueira, explicou que “o fogo já esta em rescaldo e vigilância, as condições climatéricas durante a noite ajudaram, mas ainda há muito trabalho para fazer”.

Na quarta-feira, cerca das 17h00, o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, adiantou que o fogo já tinha consumido uma área florestal de cerca de sete mil hectares, causou danos em várias casas de primeira habitação e destruiu quatro empresas.

Estes incêndios chegaram a mobilizar, ainda na quarta-feira, mais de 800 operacionais, apoiados por 258 viaturas.

Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam perto de 76 mil hectares.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.