Luís Montenegro afastou um eventual cenário de eleições antecipadas, afirmando que o país quer estabilidade para não prejudicar as oportunidades de financiamento existentes, numa resposta implícita às críticas do secretário-geral do PS.
“O país espera que nesta ocasião não se prejudique um caminho de crescimento, um caminho de aproveitamento das oportunidades, nomeadamente de financiamento, que são extraordinárias”, disse o primeiro-ministro, durante a inauguração da Fábrica da História – Arroz, em Estarreja, no distrito de Aveiro.
Montenegro, que fez apenas um discurso, sem falar aos jornalistas, referiu que o país quer que o Governo garanta “estabilidade, responsabilidade e sentido de futuro”, em vez de andar “à procura de crises existenciais, supérfluas, daqueles que só pensam em si, ou no seu próprio interesse”.
Uma declaração que pode ser entendida como uma resposta às declarações de Pedro Nuno Santos, que acusou o Governo de não ter sido sério na gestão de diferentes dossiês e de ter “feito propaganda e enganado os portugueses”, por ter em mente eleições antecipadas e querer preparar-se para elas.
No seu discurso, Montenegro disse que é este “sentido de futuro” que tem partilhado na rua, nos contactos com as instituições e com as entidades, afirmando que “é aquilo que vai acontecer nos próximos dias sobre as decisões importantes” que o Governo tem pela frente, numa alusão à discussão do Orçamento do Estado para 2025.