O advogado de dois dos cinco homens que fugiram no sábado da prisão de Vale dos Judeus, em Alcoentre, afirmou hoje que nem ele nem as famílias dos foragidos sabiam de um plano de fuga e desconhecem os paradeiros.
“Quer eu, quer as famílias destes – em Portugal e no estrangeiro – éramos totalmente alheios à existência de um plano de fuga do Estabelecimento Prisional e fomos apanhados de surpresa pelo que aconteceu”, disse Lopes Guerreiro, advogado dos dois foragidos, numa nota enviada à agência Lusa.
O advogado de Rodolfo Lohrmann e de Fábio Loureiro adiantou que tem estado “em contacto permanente com as famílias de ambos em Portugal e na América do Sul” e que pode avançar “que desconhecem os seus paradeiros”.
Lopes Guerreiro afirmou ainda que vai agir judicialmente por terem sido divulgados dados pessoais dos seus clientes, que diz serem “documentos internos e reservados do Estabelecimento Prisional”, deduzindo que foram revelados por iniciativa ou com a conivência deste.
As famílias “estão preocupadas com tudo o que ocorreu” e o que “poderá acontecer com ambos futuramente”.
Sobretudo os familiares de Fábio Loureiro, adiantou o advogado na nota enviada à Lusa, manifestaram “grande indignação com o exagerado empolamento do seu passado criminal e da divulgação de factos e de crimes que este nunca praticou ou pelos quais foi sequer condenado” em notícias que têm estado a surgir em alguns órgãos de comunicação social.
Estão ainda revoltados, adiantou, por terem sido expostos nas redes sociais e em alguns órgãos de comunicação social os seus dados pessoais, como os nomes e moradas de familiares, “constantes das próprias fichas de recluso no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus”.
“São documentos internos e reservados do Estabelecimento Prisional e cuja divulgação e exposição só poderá ter ocorrido com a iniciativa/conivência do próprio Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, pelo que irei em breve, no que aos meus clientes respeita, agir judicialmente por tal facto”, disse o advogado.