Mediadores do Egito, Catar e dos Estados Unidos estão a realizar reuniões no Cairo e em Doha para “pressionar” Israel e o Hamas a chegarem a um acordo de tréguas na Faixa de Gaza, segundo a EFE.
Fontes citadas pela EFE indicaram que as equipas de mediação querem “chegar a um acordo sobre os detalhes práticos para poderem preencher os espaços em branco e apresentar [uma proposta] a Israel e ao Hamas novamente como um pacote único”.
O documento inclui “uma grande parte” das exigências do Hamas: pelo menos seis semanas de cessar-fogo; a libertação de centenas de palestinianos detidos nas prisões israelitas; o regresso das pessoas deslocadas às suas casas; mais ajuda humanitária a Gaza; o início da reconstrução, e tratamento médico no Egito para “centenas” dos seus combatentes.
As mesmas fontes notaram também a existência de “questões espinhosas” que serão adiadas, como a retirada de Israel do corredor de Filadélfia, a fronteira entre Gaza e o Egito; e do corredor de Netzarim, que separa a Faixa de Gaza de norte a sul, algo a que Benjamin Netanyahu, se opõe firmemente.
A proposta também não incluirá o ponto exigido pelo Hamas e especialmente pelo seu líder, Yahya Sinwar, sobre o fim da guerra, uma vez que esta é uma questão a ser resolvida na “fase final das conversações”, segundo as mesmas fontes citadas.
Foi ainda acrescentado que, durante toda a semana, as conversações concentraram-se no número e nomes a incluir na troca de reféns israelitas detidos em Gaza por prisioneiros palestinianos nas prisões de Israel.
De acordo com o projeto, o Hamas libertaria inicialmente 33 reféns com mais de 50 anos ou que necessitassem de cuidados médicos, enquanto Israel libertaria “várias centenas de prisioneiros palestinianos”, incluindo cerca de 150 que cumprem penas de prisão perpétua, embora Telavive esteja relutante neste ponto, segundo as mesmas fontes.