O ministro dos Negócios Estrangeiros interino do Irão recebeu hoje o homólogo da Jordânia, que se deslocou a Teerão para convencer o país a não responder ao assassínio do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, atribuído a Israel.
Após o encontro com o ministro iraniano Ali Bagheri Kaní, o seu homólogo jordano, Ayman Safadi, vai também reunir-se com o presidente do Irão, Masud Pezeshkian, a quem vai entregar uma mensagem do rei da Jordânia, Abdullah II, em relação à decisão do Irão de retaliar contra Israel, noticiou o jornal Entekhab, citado pela agência EFE.
A visita de Safadi ocorre depois de duas conversas telefónicas com o ministro interino dos Negócios Estrangeiros do Irão, após o assassínio de Haniyeh e do seu guarda-costas, na quarta-feira, em Teerão, com o disparo de um projétil de curto alcance contra a sua residência.
O ataque foi imediatamente condenado pelas autoridades iranianas, que culparam Israel e prometeram uma resposta dura.
Perante uma iminente ofensiva iraniana contra o território israelita e a escalada da guerra no Médio Oriente, os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar na região para ajudar Israel a defender-se.
O Irão já lançou um ataque direto e sem precedentes contra o território israelita em meados de abril, em retaliação pelo atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que provocou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana.
A República Islâmica e Israel são inimigos que competem pela hegemonia regional e durante décadas mantiveram uma guerra secreta com ataques informáticos, assassínios e sabotagens.