A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje a criação do Programa de Mentorias de Lisboa, que pretende diminuir a desigualdade educativa em Lisboa, através da colaboração de mentores em contexto de sala de aula, e, desta forma, “oferecer às crianças de contextos desfavorecidos mais oportunidades e melhores condições para alcançarem o sucesso escolar”, explicou a autarquia em comunicado.

O novo programa, inspirado no modelo internacional Teach for All, vai ser gerido pela autarquia em parceria com a Teach for Portugal, através de um investimento global de um milhão de euros, com recurso a fundos europeus.

Os principais objetivos do Programa de Mentorias de Lisboa são promover o sucesso escolar e combater a desigualdade educativa em Lisboa, com jovens profissionais talentosos a ensinar em escolas públicas que enfrentam maiores desafios; potenciar a educação das crianças e jovens em risco de exclusão económica e social, especialmente alunos em situação de abandono escolar precoce; e garantir apoio personalizado aos alunos oriundos de contextos desfavorecidos, através da motivação e da promoção da ligação à escola.

“O Programa de Mentorias de Lisboa é uma relevante medida de inovação social na educação, cumprindo a nossa visão de um Estado Social Local”, considera Carlos Moedas. “Estamos a investir na Educação e com este programa inovador vamos colocar mentores nas escolas para garantir um acompanhamento próximo e personalizado dos alunos mais desfavorecidos. Em Lisboa, não podemos permitir que as origens de uma criança limitem o seu futuro”, acrescenta o presidente da câmara de Lisboa.

Previsto para os dois próximos anos letivos, o Programa de Mentorias de Lisboa vai contar com 18 mentores a tempo inteiro, prevendo abranger cerca de dois mil alunos do 2.º ciclo do Ensino Básico, em 14 escolas localizadas em áreas mais desfavorecidas e classificadas como Territórios Educativos de Intervenção Prioritária.

O novo programa foi aprovado em reunião do executivo com os votos a favor da coligação Novos Tempos e do PCP e com os votos contra do PS, Bloco de Esquerda, Livre e Cidadãos por Lisboa.