A Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) anunciou esta terça-feira uma greve geral de um mês a partir do dia 9 de agosto, por falta de resposta do Governo ao caderno reivindicativo da classe.
“Não tendo sido satisfeitas as inquietações levantadas pelos juízes no seu caderno reivindicativo e não tendo havido qualquer sinal das autoridades governamentais tendente à resolução do assunto, a assembleia geral da AMJ, por voto da maioria, deliberou declarar uma greve geral, à escala nacional”, avança-se num comunicado da associação.
“A assembleia geral da AMJ volta a reunir-se esta semana para definir os detalhes do processo, em especial, a concretização daquilo que serão os serviços mínimos a serem atendidos pelos juízes durante a greve”, avança-se na nota.
A decisão foi tomada por aquele órgão em reunião realizada no dia 6 deste mês. A AMJ diz que o encontro tinha como objetivo principal apreciar o ponto de situação do processo de reivindicação dos direitos dos juízes iniciado formalmente em maio, com o envio do caderno reivindicativo às autoridades competentes.
Os juízes moçambicanos reclamam uma alegada “depreciação do seu estatuto” e falhas de enquadramento na aplicação da Nova Tabela Salarial (TSU), que tem sido alvo de forte contestação por parte de outras classes profissionais, como médicos e professores, que chegaram a convocar greves em protesto contra atrasos salariais e cortes.