Sebastião Bugalho acusou o PS de introduzir na campanha a “narrativa do eleitoralismo”, considerando que, para os socialistas, é eleitoralista “governar e cumprir o programa”.

“Vamos ser claros, aquilo a que o PS tem chamado eleitoralismo não é nada mais nada menos do que fazer o que, durante nove anos de socialismo, os senhores não conseguiram: é governar, é servir os portugueses, é cumprir o programa, é mudar o país para melhor”, acusou o cabeça de lista da AD, num jantar-comício em Pombal, que contou com a presença de Luís Montenegro. E acrescentou: “Para eles, é eleitoralismo porque eles já nem eleições conseguem ganhar.”

O candidato a eurodeputado considerou que a anterior narrativa do PS – colar a AD aos extremismos – “não estava a funcionar” e, por isso, “chegou a narrativa dos eleitoralismos”.

“Para o PS, é eleitoralismo apresentar um plano para a saúde que operou em um mês 1.299 doentes oncológicos dos nove mil que o PS deixou por operar. É eleitoralismo apresentar planos para as migrações que vão regularizar 400 mil imigrantes que o PS deixou sem resposta, à mercê da escravatura das redes de tráfico humano”, acusou.

Sebastião Bugalho voltou a apontar incoerências entre vários membros do PS, hoje relacionadas com o planos para as migrações, apresentado na segunda-feira pelo Governo, reiterando que “os portugueses não sabem qual dos PS vai a votos e qual dos PS vai lá estar no dia seguinte”.

“Se é um voto no PS que diz que as medidas do Governo para migrantes são realistas e equilibradas, como disse o insuspeito António Vitorino, ex-diretor geral da Organização Internacional para as Migrações, ou se são vagas e abstratas e põem em risco direitos humanos, como diz Pedro Nuno Santos”, criticou.

Por isso, defendeu, “um voto no PS tem sempre a incoerência como princípio e a instabilidade como fim”. “É um voto em que vale tudo para não se conseguir nada”, acusou.