Os trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas e das Santas Casas de Misericórdia cumprem esta segunda-feira um dia de greve em protesto pela valorização das carreiras e por aumentos salariais.

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que organiza também, pelas 14 horas, uma concentração em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa.

Em comunicado, o sindicato explica que a greve decorre da rejeição, por parte da União das Misericórdias Portuguesas, em atualizar o Acordo de Empresa e celebrar um contrato coletivo de trabalho das Santas Casas de Misericórdia.

“Estes dois bloqueios à negociação com o CESP têm resultado, cada vez mais, na desvalorização profissional de milhares de trabalhadores”, justificam.

Os trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas contestam a intenção de valorizar a antiguidade através de um aumento salarial de cinco euros a cada cinco anos e referem, como exemplo, que trabalhadores com 30 anos de carreira teriam um incremento salarial de apenas 30 euros em comparação com um colega em início de carreira.

Por outro lado, o sindicato acusa a União das Misericórdias de recusar aos trabalhadores das Santas Casas direitos garantidos pela portaria de extensão do contrato coletivo de trabalho das instituições particulares de solidariedade social.