A cabeça de lista do PS às europeias afirmou este domingo, 19 de maio, que não defende a construção de infraestruturas para fechar as fronteiras da União Europeia como solução para os problemas das migrações, “mas há quem o faça”.
“Temos que ser claros e sérios naquilo que propomos. Não somos nós que dizemos que a construção de infraestruturas para fechar as fronteiras da UE são a solução para o problema das migrações. Mas há quem o diga. Há quem diga que a única diferença entre a AD e o PPE é que uns entendem que essas fronteiras devem ser construídas com dinheiro europeu e outros não”, afirmou Marta Temido.
A ex-ministra da saúde falava em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, onde se deslocou para a apresentação do Manifesto da Juventude Socialista para as Eleições Europeias.
“Todos querem lá por as fronteiras, todos querem lá por os muros, todos querem lá por as portas. Nós também não temos das migrações uma ideia irrealista. Nós temos é um compromisso prático, pragmático, com aquilo que é uma visão humanista das migrações” sintetizou.
Marta Temido entende que há lugar e necessidade de Portugal ser um país de acolhimento, mas defende que deve ser feito “com qualidade e com acesso a tudo aquilo que são os direitos que existem ao nível do nosso Estado social”.