A operadora móvel Vodacom Moçambique anunciou esta segunda-feira um investimento de 25 milhões de dólares (23,4 milhões de euros) com objetivo de expandir a rede no país, sobretudo nas zonas rurais.
“Com um investimento superior a 25 milhões de dólares, a Vodacom pretende alcançar cerca de cinco milhões de pessoas, melhorando significativamente as suas vidas através do uso das tecnologias disponíveis, incluindo o acesso aos serviços financeiros eletrónicos através da plataforma M-Pesa [carteira móvel]”, lê-se no comunicado da empresa.
O investimento da operadora, em Moçambique há 20 anos, visa garantir a “extensão e melhoria das infraestruturas” da empresa para melhorar a sua rede, “mesmo enfrentando os desafios resultantes dos desastres naturais e logísticos do país”.
Nos últimos dois anos, acrescenta-se no documento, a empresa “fez avanços” na expansão da rede, com a instalação de cerca de 300 novas estações, distribuídas por todas as províncias, com maior destaque para Nampula (norte) e Zambézia (centro), onde 40% das novas estações foram estabelecidas.
“Embora reconheçamos os desafios inerentes à expansão em áreas rurais, como a falta de infraestruturas básicas e o difícil acesso durante a época chuvosa, a Vodacom tem implementado soluções inovadoras para superar esses obstáculos. A nossa determinação em assegurar que as populações rurais não fiquem excluídas do acesso à tecnologia é inequívoca”, lê-se no documento.
A empresa opera nas telecomunicações no país desde 2003, tendo como acionistas a Vodacom International (85%) e parceiros locais, como a Empresa Moçambicana de Telecomunicações (1,99%), a Intelec Holdings (6,5%) e a Whatana Investments (6,5%), entre outros.
Entre as três operadoras que existem em Moçambique, até 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique, a Vodacom tem a maior quota de mercado de dados móveis, com cerca de seis milhões de clientes, seguida da Movitel, com cerca de quatro milhões, e da estatal TMcel, com pouco mais de três milhões de clientes.