O primeiro-ministro garantiu hoje, no parlamento, que a solidariedade com a Ucrânia se “mantém intocável” e afirmou que Portugal continuará a ser “parte ativa” nos compromissos já assumidos ou futuros.
“Não há dúvida nenhuma. Tive já a ocasião de conversar com o Presidente [ucraniano Volodymyr] Zelensky e transmitir-lhe que, não obstante a mudança na força política que lidera o governo, a nossa solidariedade mantém-se intocável”, afirmou o chefe do executivo, no debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre na próxima quarta e quinta-feira.
Luís Montenegro acrescentou: “Continuaremos a ser uma parte ativa da ajuda humanitária, da ajuda política, da ajuda financeira e mesmo da ajuda militar, no âmbito dos compromissos que foram assumidos e outros que possamos vir a assumir nos próximos meses”.
Portugal e o Governo, sublinhou, “estão do lado certo, do lado da paz, do lado do respeito pelos direitos humanos, do lado da democracia, do lado de quem foi invadido e agredido”.
O primeiro-ministro deixou um apelo à bancada do Chega, que nas próximas europeias de 9 de junho espera eleger pela primeira vez deputados ao Parlamento Europeu.
“Já agora, solicitar os seus bons ofícios dentro do Chega para, em sede da família europeia [Identidade e Democracia] com a qual está a interagir e em que se integra, a convencer parceiros como a senhora Le Pen, o senhor [Matteo] Salvini (número dois do governo italiano) ou a AfD alemã, para poderem ter o grau de empenho e interesse na Ucrânia, a salvaguarda dos princípios da democracia, da solidariedade e da paz que nós todos aqui temos nesta casa”, disse Montenegro, fortemente aplaudido pela sua bancada.