O debate entre Luís Montenegro e Inês Sousa Real ficou marcado pela presença do PPM, liderado por Gonçalo da Câmara Pereira, na Aliança Democrática. Sousa Real aproveitou as declarações do líder do PPM sobre violência doméstica para atacar o líder do PSD. “Não podemos aceitar que a AD traga para o século XXI valores do século passado e alguém que acha que é legítimo bater numa mulher. É um sinal muito negativo para a sociedade”, disse a porta-voz do PAN, no início do debate, na SIC.

Montenegro distanciou-se das opiniões do parceiro da coligação. “É abusivo querer transportar para a AD um acontecimento lamentável”, disse o presidente do PSD, garantindo que não conhecia as declarações de Gonçalo da Câmara Pereira a justificar atos de violência doméstica.

“Não me revejo, lamento que essas declarações tenham sido proferidas e estou convencido que o próprio está arrependido”, acrescentou, lembrando que o programa da AD tem propostas para combater a violência doméstica.

As touradas foram outro dos temas do duelo. Luís Montenegro defendeu que “a primeira lei de proteção dos animais tem o cunho do PSD”. Em resposta, Sousa Real lamentou que os sociais-democratas continuem a defender as touradas. “É inaceitável e imoral que se continue a torturar animais numa arena e a AD defende esses valores”, argumentou.

Montenegro garantiu ainda que “os agricultores portugueses”, criticados pelo PAN, são “um sector importantíssimo para mais autonomia e autossuficiência alimentar”. E lembrou que o PAN esteve ao lado dos governos socialistas nos últimos anos.

Sousa Real garantiu que “votar na AD”  não serve os interesses do país, porque “houve uma aproximação de Luís Montenegro aos partidos extremistas”