O WhatsApp confirmou que em breve será possível ler, receber e responder a mensagens do Telegram e de outros aplicações através da sua plataforma. A interoperabilidade é exigida pela Lei de Mercados Digitais da União Europeia, que entra em vigor em breve.

“Há uma tensão real entre fornecer uma maneira fácil de oferecer essa interoperabilidade a terceiros, preservando o nível de privacidade, segurança e integridade do WhatsApp”, ressalva Dick Brouwer, Diretor de Engenharia do WhatsApp, em entrevista à revista americana Wired. Assim, a empresa garante a criptografia de ponta a ponta para todas as mensagens que passarem pela plataforma, de maneira a tentar garantir a segurança do utilizador.

Cumpre mencionar que, no âmbito da Lei dos Mercados Digitais, serviços com a popularidade do WhatsApp estão obrigados a viabilizar outros serviços com um número menor de utilizadores. Esta obrigação abrangerá aplicações dentro e fora do grupo da Meta, ao qual o WhatsApp pertence, assim como o Messenger.

Entretanto, relativamente às aplicações que serão compatíveis com o WhatsApp, o executivo alega que ainda é muito cedo para referir nomes. “Estamos a trabalhar numa solução construída na atual arquitetura cliente-servidor do WhatsApp. Isso efetivamente significa que a abordagem que estamos a tentar adotar é que o WhatsApp documente o nosso protocolo cliente-servidor e permita que clientes de terceiros se conectem diretamente à nossa infraestrutura.”

O diretor sublinha ainda que, inicialmente, a interoperabilidade será apenas para mensagens, imagens, mensagens de voz, vídeos e arquivos, e só posteriormente será aplicada em chamadas e chats em grupo. Por fim, Brouwer afirma que o controlo ficará nas mãos do utilizador, visto que poderá escolher quais as plataformas que deseja ligar à sua conta do WhatsApp.

Importa relembrar que, recentemente, o iPhone teve também de adotar o USB-C, um sistema de carregamento universal, após a União Europeia ter aprovado legislação para exigir que smartphones, tablets, câmaras digitais, altifalantes portáteis e outros pequenos dispositivos suportem carregamento USB-C até 2024, no sentido de cumprir com as suas metas ambientais e reduzir os custos dos utilizadores.  

Editado por Fábio Nunes