O Estado propôs pagar cerca de 2,5 milhões de euros, valor ao qual era preciso descontar a dívida, pelas participações da Global Media e das Páginas Civilizadas na Lusa, revelou esta quarta-feira, 10 de janeiro, o ministro da Cultura.
Pedro Adão e Silva falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) sobre a situação no Global Media Group (GMG).
O ministro da Cultura revelou que a carta que a Direção-Geral do Tesouro entregou no dia 24 de novembro ao ex-presidente executivo da Global Media, Marco Galinha, manifesta o interesse do Estado em adquirir as 497.400 mil ações detidas pela Global e as 476.64 mil ações detidas pela Páginas Civilizadas.
O Estado propunha a compra “pelo preço unitário de 2,60 euros, correspondendo a um preço total de 2 milhões e 531 mil euros, aos quais depois era preciso descontar a dívida”, explicou Pedro Adão e Silva.
O Estado estava em negociações para ficar com a quase totalidade do capital da agência Lusa mas, em dezembro, as negociações não foram concluídas por o PSD considerar que o processo deveria ser conduzido pelo próximo governo.
Pedro Adão e Silva recordou que a intenção do atual governo era aumentar a indemnização compensatória da agência Lusa já em 2024 e, dessa forma, tornar o seu serviço gratuito para toda a comunicação social.
O Estado, através da DGTF — Direção-Geral do Tesouro e Finanças, detém 50,15% da Lusa, com o Global Media Group (GMG) a ser detentor de 23,36%, e a Páginas Civilizadas 22,35%.
O fundo Union Capital Group (UCAP Group) controla a maioria (51%) do capital da Páginas Civilizadas, a qual detém 41,5% do GMG.