José Paulo Fafe acusou hoje Domingos Andrade, ex-diretor do Jornal de Notícias e da TSF, de ser “um dos grandes responsáveis pela queda” do Jornal de Notícias, título que teve uma estratégia “errada”.

Durante a audição na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, em resposta a questões de deputados, o gestor salientou que, “se alguém desvalorizou o JN, foi quem contribuiu” para que o jornal, entre 2019 e 2023, passasse de uma média de vendas de 31 mil para menos de 15 mil exemplares.

“Todos os anos foi descendo. Não gosto de mentir, o JN vende uma média de 14 mil exemplares”, prosseguiu, dando exemplos: vende em Viana uma média diária de 773 exemplares; na Guarda, 46; em Aveiro, 1.516; em Lisboa, 433; Évora, 12; e Faro, 101.

Ao todo, disse, o Jornal de Notícias tem ao seu serviço 160 pessoas, dos quais 90 colaboradores, enquanto o Correio da Manhã, “no seu todo”, conta com “220 jornalistas”.

“Domingos Andrade é um dos grandes responsáveis pela queda do JN. Houve uma estratégia para o JN errada quando se quis transformar” um título “com ADN fortíssimo de informação regional, com certa presença nacional”, numa “referência nacional”, apontou.

O resultado “está aqui à vista”, e o mesmo Correio da Manhã, hoje, “só na região Norte vende mais que o JN em todo o país”, rematou.