Olaf Scholz afirmou hoje que é necessário um maior apoio militar de cada Estado-membro da União Europeia à Ucrânia e pediu aos 26 parceiros europeus que aumentem os seus esforços este ano.

“Os envios de armas para a Ucrânia planeados até agora pela maioria dos Estados-membros da União Europeia são, em qualquer circunstância, demasiado pequenos”, considerou o chanceler alemão, em conferência de imprensa depois de uma reunião com o homólogo luxemburguês, Luc Frieden. “Portanto, peço aos nossos aliados na União Europeia que também aumentem os seus esforços pela Ucrânia”, acrescentou.

A Alemanha vai investir 8 mil milhões de euros em ajuda militar em 2024, o dobro do ano anterior, lembrou o chanceler alemão.

Scholz mostrou-se mais uma vez confiante de que a União Europeia chegará finalmente a um acordo sobre os 50 mil milhões de euros de ajuda ao orçamento do Estado da Ucrânia para os próximos anos, mas defendeu que, simultaneamente, o apoio militar também deve ser importante.

“Paralelamente, continua a haver necessidade de que a ajuda em armamento de cada Estado seja garantida e suficientemente grande”, sublinhou. “Novamente, o que sabemos atualmente é que não é grande o suficiente. Precisamos de contribuições maiores. Talvez todos os planos já tenham sido adotados, mas não os conhecemos”, acrescentou Scholz.

Por esta razão, a Alemanha pediu a Bruxelas que pergunte aos países-membros sobre os seus planos de ajuda militar à Ucrânia, explicou. Berlim espera que o mais tardar na cimeira comunitária de fevereiro haja um retrato preciso das contribuições dos parceiros europeus este ano.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro do Luxemburgo concordou com Scholz que cada Estado-membro da União Europeia deve contribuir para o propósito de salvaguardar o Estado de direito, a integridade territorial, a independência e a soberania da Ucrânia, mas pediu para se ter em conta o apoio como um todo, e não apenas o militar, referindo-se à ajuda financeira direta e humanitária e assistência aos refugiados, explicou.

A ajuda, defendeu, deve ser concedida “dentro das possibilidades” de cada país-membro e ser proporcional ao orçamento do Estado e da defesa. O Luxemburgo atribui 16% do seu orçamento de defesa à Ucrânia, informou Luc Frieden.

“Para nós e para todos os europeus, a Ucrânia e o seu futuro são importantes, porque [a invasão russa] desafia princípios fundamentais. Não podemos deixar a Ucrânia sozinha”, sublinhou.