A Ordem dos Médicos emitiu, esta sexta-feira, um conjunto de recomendações para minimizar o impacto das infeções respiratórias (em particular o da gripe A), situação que tem pressionado nos últimos dias os serviços de urgência e que poderá ter motivado um pico de mortalidade no país. Entre as medidas, o bastonário recomenda o uso de máscara em unidades de saúde, farmácias e espaços fechados, como os transportes.
“Recomenda-se fortemente o uso da máscara nas unidades de saúde e nas estruturas residenciais ou de acolhimento para populações vulneráveis, idosas ou com deficiência”, assim como “nas farmácias comunitárias, em ambientes fechados e em aglomerados (exemplo, transportes coletivos) e no contacto com pessoas mais vulneráveis (doentes crónicos ou imunossuprimidos)”, lê-se num comunicado enviado às redações.
Além do uso de máscara, a Ordem dos Médicos recomenda “o uso de vestuário adaptado às condições climatéricas e a hidratação oral regular durante o dia” e , “sempre que possível, recomenda-se que as pessoas com sintomas sugestivos de infeção respiratória ou diagnóstico estabelecido, permaneçam em casa, evitando a frequência do local do trabalho e escolas, privilegiando o teletrabalho”.
Quem apresentar queixas sugestivas de infeção respiratória, deve “cumprir as medidas básicas de higiene e controlo da infeção, tais como, o distanciamento mínimo de 1,5 metros de outras pessoas, a higienização das mãos, a etiqueta respiratória e o uso de máscara na presença de outras pessoas, durante 5 a 10 dias após o início dos sintomas”.
E em caso de necessidade, deve contactar a linha de Saúde 24 através do número 808 24 24 24 e deve ser “dada especial atenção ao aparecimento de sinais de alarme”, como “febre persistente que não cede a antipirético, dificuldade respiratória, expetoração com sangue, alteração do grau de vigília e vómitos persistentes, diarreia grave ou incapacidade de se alimentar e hidratar corretamente”.
A ordem liderada por Carlos Cortes reforça, por fim, a importância da vacinação na prevenção da doença. Quem tiver 60 ou mais anos de idade, pode fazê-lo gratuitamente nas farmácias comunitárias e os doentes crónicos e grávidas nos respectivos centros de saúde.