José Luís Carneiro exerceu o seu direito de voto às diretas do PS em Baião, de onde o candidato é natural e onde foi autarca, passava das 16h00. Depois de ter votado, reagiu às notícias que dão conta da vantagem de Pedro Nuno Santos, com mais de 64% dos votos já apurados.
Começou por dizer que “há que respeitar a vontade dos militantes” que votaram “de uma forma livre…democrática”, acrescentando de seguida que não iria comentar resultados parciais, “porque acabam por ser uma forma de condicionamento”. De acordo com José Luís Carneiro, “nem deveriam ser conhecidos”.
Garantiu ainda assim que, “independentemente dos resultados, aqui estamos e aqui vamos continuar a estar”.
O candidato à liderança dos socialistas destacou ainda “o facto de haver 60 mil militantes que participam num acto eleitoral com três candidaturas”. Diz que acaba por ser “um sinal de grande vitalidade e grande energia que tem o PS e vai naturalmente mobilizar essa energia para ganhar as eleições no dia 10 de março”.
Isto porque, ainda de acordo com José Luís Carneiro, “é o PS quem garante melhoria de rendimentos aos portugueses, investimento nas suas condições de vida”, apostando na “modernização da economia” e “para combater a pobreza e as desigualdades”.
De acordo com o Partido Socialista, ontem votaram mais de 16 mil militantes. A votação prossegue no dia hoje nas federações distritais de Braga, Coimbra, Porto, Santarém, Viseu e nas federações regionais do Algarve, Baixo Alentejo, Açores e Madeira.
Cerca de 60 mil militantes socialistas escolhem o sucessor de António Costa como secretário-geral do PS, cargo ao qual se candidataram José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.
O processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, em 07 de novembro, depois de ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer.
Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 delegados por inerência) ao Congresso Nacional, que se reunirá entre 05 e 07 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.
Os primeiros resultados eleitorais serão divulgados pelas 23:30, na sede nacional do PS, pelo presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC), Pedro do Carmo.