A presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) disse esta segunda-feira que as calamidades naturais ameaçam 1,2 milhões de pessoas no país, enfrentando a instituição um défice de financiamento de 143 milhões de euros.
“Para o cenário, que neste caso integra ventos fortes, inundações elevadas e seca, teríamos uma projeção de população em risco, na época 2023-2024, de 1.252.571, para o cenário dois, com ocorrência de cheias e ciclones, seria uma população em risco de 2.574.214 e cenário três, de 2.556.204 pessoas”, elencou a presidente do INGD, Luísa Meque, durante a reunião do Conselho Coordenador daquela entidade.
A responsável avançou que o organismo está com um défice de cerca de 10 mil milhões de meticais (143 milhões de euros) para as ações de gestão e combate às calamidades naturais, face a um orçamento calculado de cerca de 14,3 mil milhões de meticais (204,9 milhões de euros) para a época chuvosa 2023-2024.
O INGD dispõe de apenas 4,3 mil milhões de meticais (61,6 milhões de euros), uma insuficiência que obriga a uma maior mobilização de mais recursos junto de parceiros internacionais, prosseguiu.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou no final de setembro à preparação da população e das entidades para os previvíeis efeitos do fenómeno ‘El Ninõ’ no país nos próximos meses, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
“A história repete-se. Então, temos de criar condições de resiliência. Nesse sentido, o Governo emitirá avisos regulares para manter a população informada e preparada para as condições climáticas que podem não ser favoráveis à vida, à produção ou às infraestruturas”, descreveu o chefe de Estado.