O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, admitiu esta segunda-feira que o Estado pode não recuperar a totalidade das verbas que ainda vai injetar na Efacec, embora esteja convicto de que tal venha a acontecer.
António Costa Silva falava numa audição parlamentar conjunta da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) e da Comissão de Economia no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 quando foi questionado sobre o processo de venda da Efacec pelo deputado do PSD Jorge Salgueiro Mendes.
“Significa isto que vamos recuperar todo o investimento que o Estado fez? Não afirmarei isso. Vamos recuperar uma parte, porque este contrato não é um depósito a prazo, é um mecanismo que está sujeito à capacidade de recuperação de valor da empresa”, disse.
No entanto, disse acreditar “profundamente” que o Estado vai “conseguir recuperar esse valor e, muito provavelmente, chegar a uma situação estável para o futuro”.
O ministro da Economia anunciou no início do mês a assinatura da venda da Efacec à Mutares e que o Estado vai injetar mais cerca de 160 milhões de euros na empresa, enquanto a Mutares injetará 15 milhões de euros em capital e 60 milhões de euros em garantias.
O governante realçou que os 156 milhões de euros que o Estado irá injetar “foram desenvolvidos e desenhados” para fazer face à “reestruturação financeira” e “é um investimento” para o futuro.