O número de utentes sem médico de família em Portugal continental registou 1.677.858 em outubro, traduzindo-se num aumento de 77.518 face a agosto, segundo dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Trata-se do valor mais alto desde janeiro de 2016, apenas abaixo de maio de 2023, quando 1.757.747 portugueses não tinham acesso a médico de família.

De acordo com as informações observadas pela agência Lusa, a partir da área da Transparência do Portal do SNS, o número de pessoas sem médico de família passou dos 1.600.340, em agosto, para os 1.677.858, em outubro. Os novos resultados demonstram que 16% da população residente em Portugal encontra-se sem médico de família.

Por sua vez, o número de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários está estabilizado desde agosto, quando havia 10.582.650 inscrições nos cuidados de saúde primários, enquanto 10.582.635 em setembro e 10.590.325 em outubro.

Ao mesmo tempo que o número de inscritos nos centros de saúde subiu 7.675 nos últimos três meses, o número de pessoas sem médico de família aumentou mais de 77 mil.

Os dados do SNS revelam ainda que, desde janeiro de 2016, o número mais baixo de pessoas sem médico de família verificou-se em setembro de 2019, contabilizando 641.228. Entre setembro de 2019 e outubro de 2023, registou-se um crescimento de 161% de utentes sem médico de família, traduzindo-se em mais de um milhão de pessoas de aumento nesse período.

Ainda assim, o número de utentes sem médico de família atribuído por sua opção está em queda desde maio de 2023, sendo no final de outubro de apenas 23.136.