O Exército israelita e as milícias do Hezbollah confirmaram este domindo novos confrontos na fronteira entre Israel e o Líbano, especificamente em torno da cidade israelita de Shtula, onde causaram um morto e três feridos, todos civis.
Nessa localidade do norte de Israel, um porta-voz do Hezbollah declarou ao jornal libanês ‘L’Orient le Jour’ que a área foi atingida por um dos seus projéteis e que teria causado vítimas entre as fileiras israelitas, indicação que Israel não confirmou.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI), num comunicado divulgado pelo jornal Haaretz, informaram que estão a lançar ataques contra as posições que estão na origem dos tiros do Hezbollah.
Segundo a agência oficial de notícias libanesa ANI e o canal Al Manar, ligado ao Hezbollah, pelo menos uma dúzia de foguetes israelitas atingiu a cidade libanesa de Aita el Shaab, e outros fragmentos na cidade vizinha de Rmeich, desconhecendo-se, para já, a existência de vítimas.
Os serviços de emergência israelita informaram que os paramédicos destacados para a zona, na Alta Galileia, “declararam a morte de um homem de 40 anos e transportaram três feridos para o Centro Médico da Galileia, em Nahariya”.
Dois homens de aproximadamente 40 anos foram fortemente atingidos, mas não correm risco de vida, e o terceiro sofreu ferimentos ligeiros, acrescentaram os serviços de emergência.
Numa conferência de imprensa, Richard Hecht, porta-voz do Exército israelita, afirmou que os ataques do Líbano foram realizados com mísseis antitanque.
Os incidentes ocorrem depois de Israel ter bombardeado o território libanês na tarde de sábado, em resposta ao lançamento de cerca de 30 tiros de morteiro daquele país.
Na sexta-feira, um repórter de imagem da agência noticiosa britânica Reuters foi morto e seis outros jornalistas ficaram feridos no lado libanês da fronteira, quando Israel respondeu com artilharia e tiros de tanque a disparos vindos do Líbano.
Hoje marca-se o oitavo dia consecutivo de hostilidades na fronteira entre os dois países, que eclodiram um dia após o início da guerra entre Israel e as milícias de Gaza desencadeada a 07 deste mês, após um ataque surpresa do Hamas contra Israel.
Desde 08 deste mês, a violência na fronteira entre o Líbano e Israel deixou pelo menos três mortos entre as tropas israelitas e vários outros nas fileiras do Hezbollah, além de vários milicianos do seu aliado, a Jihad Islâmica Palestina, que se infiltrou segunda-feira em Israel a partir do Líbano.
Além disso, dois dos ataques israelitas afetaram instalações do Exército Libanês, que não participa no conflito e que já teve um soldado ferido nas suas fileiras nos últimos dias.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, lançou a 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, que controla desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.