Fernando Medina suspeito de negociar cargos políticos com PSD Lisboa
Suspeitas recaem sobre o tempo em que o actual ministro das Finanças era presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Duarte Cordeiro e Sérgio Azevedo também estarão envolvido no esquema.
Fernando Medina é suspeito de estar envolvido num esquema de troca de favores entre dirigentes de PS e PSD para negociar lugares políticos quando estava à frente da Câmara Municipal de Lisboa.
A notícia é avançada pela CNN Portugal, que acrescenta estarem em causa alegados actos de corrupção, financiamento proibido de partidos, participação económica em negócio, prevaricação de titular de cargo político, tráfico de influências e abuso de poder.
As suspeitas que recaem sobre o ex-presidente da câmara de Lisboa e actual ministro das Finanças estão a ser investigadas no âmbito da Operação Tutti Frutti, que se iniciou em 2017 e levou a buscas à Câmara Municipal de Lisboa. Além do ex-autarca, estarão também envolvidos no caso Duarte Cordeiro, actualmente ministro do Ambiente e da Acção Climática e à data número 2 de Fernando Medina na autarquia, e de Sérgio Azevedo, vice-presidente da bancada do PSD na altura. Ambos são suspeitos de corrupção e favorecimento.
Ainda de acordo com a estação televisiva, estão em causa várias mensagens apreendidas pela Polícia Judiciária no correio electrónico de Fernando Medina que terão “relevância criminal” e dezenas de escutas telefónicas captadas durante o mesmo período.
Luís Newton também estará envolvido no caso. O então presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, também teve o telefone sob escuta e foi apanhado em conversas com Sérgio Azevedo em que o nome de Fernando Medina foi referido em alegadas trocas de favores para assegurar vitórias em eleições.
De recordar que, em 2018, o gabinete de André Ventura, na Câmara Municipal de Loures, também foi alvo de buscas no âmbito da Operação Tutti-Frutti por suspeitas de crimes como tráfico de influências, corrupção, participação económica em negócio ou financiamento proibido dos partidos. Em causa estava a contratação de um “assessor fantasma” para colaborar com o então vereador em Loures, que simularia o desempenho de funções e receberia mais de dois mil euros por mês.