FNAM convoca nova greve nacional de dois dias em novembro

Os médicos continuam em luta e já agendaram uma nova greve nacional. FNAM planeia também uma manifestação, uma caravana pelo país e uma deslocação ao Parlamento Europeu, onde vai entregar um manifesto em defesa da saúde pública.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) convocou uma nova greve nacional de dois dias, em 14 e 15 de novembro. O sindicato liderado por Joana Bordalo e Sá justifica a decisão com o “silêncio” do governo relativamente à contraproposta sobre as grelhas salariais, novo regime de dedicação e integração do internato médico na carreira. Vinte e oito dias depois da entrega do documento, “ainda não obtivemos resposta”.

Além dos dois dias de greve, a federação agendou uma manifestação nacional no dia 14 de novembro e uma caravana que vai percorrer o país e algumas das principais unidades do SNS entre os dias 5 de setembro e 15 de novembro.

A FNAM explica, em comunicado, que o objetivo é “ouvir os médicos” e apoiar para que “continuem a entregar as declarações de indisponibilidade para realizar trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano”, evidenciando a urgência de “uma grelha salarial justa e condições de trabalho dignas para todos os médicos no SNS”.

De acordo com o sindicato, a caravana começará no Porto, dia 5 de setembro, numa ação que decorrerá entre as 8h00 e as 10h00, e passará por Viana do Castelo, Braga, Bragança, Chaves, Penafiel, Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu, Setúbal, Évora e Faro, até acabar em Lisboa, nos dois dias de greve nacional de 14 e 15 de novembro, com uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, às 15h00, no dia 14.

Depois destas iniciativas de luta, a FNAM irá ainda ao Parlamento Europeu, onde uma delegação entregará aos deputados portugueses eleitos e à comissária europeia para as questões da saúde, Stella Kyriakides, um manifesto em defesa da saúde pública.

“Os médicos e o SNS não têm mais tempo a perder. A população em Portugal merece uma saúde universal, acessível, eficiente e de qualidade, e não pode continuar refém da incompetência do Ministério da Saúde e do Governo”, frisa o sindicato.

Da parte do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) continuam as greves que tinham sido convocadas. Depois da paralisação dos médicos internos, segue-se a greve regional na Administração Regional do Norte nos dias 6 e 7 de setembro. Até 22 de setembro continua a greve ao trabalho extraordinário nos centros de saúde.

Sindicatos e governo retomam as negociações no próximo dia 11 de setembro, numa reunião agendada para as 11h00 no Ministério da Saúde.