Chega vai marcar nova convenção, mas André Ventura fala em “perseguição política”

André Ventura admitiu que o partido não tem alternativa depois da decisão do Tribunal Constitucional e desafia os críticos internos a não se esconderem “atrás dos cortinados e das redes sociais”.

André Ventura anunciou esta quarta-feira que a direção do partido “decidiu por unanimidade iniciar os procedimentos necessários para a realização do sexto congresso” e lançou duras críticas ao Tribunal Constitucional (TC). A decisão surge depois de o TC ter invalidado a convocatória da última reunião magna.

“Não abandono o barco a meio da viagem”, disse André Ventura, em conferência de imprensa, anunciando a recandidatura à liderança.

O líder do Chega assumiu que a única alternativa é realizar uma nova convenção, mas acusou o Tribunal Constitucional de “má-fé” e de “perseguição” à existência do Chega. “É a maior perseguição política a um partido desde o 25 de Abril. Não temos outra alternativa, mas isto não é dar razão ao tribunal”, afirmou o presidente do Chega, acrescentando que o TC “não devia ser um órgão partidário”.

Desafiando a oposição interna a apresentar uma alternativa, André Ventura defendeu que chegou a hora de os críticos internos irem a votos “em vez de se esconderem atrás de cortinados, televisões ou atrás das redes sociais”.

“Ganhar na secretaria não valerá de nada num partido que quer mudar o sistema político português”, acrescentou o líder do Chega, garantindo que está a ser alvo de “um ataque desproporcional enquanto partido democrático”.