FNAM acusa Ministro da Saúde de destruir saúde materno infantil no SNS

Em causa está o encerramento na próxima semana de vários serviços de obstetrícia e ginecologia.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou hoje o ministro da Saúde de estar “a cumprir com o plano em marcha de destruição da saúde materno infantil no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao encerrar as urgências de Obstetrícia e Ginecologia no hospital de Braga e no hospital de Leiria, bem como a urgência pediátrica no hospital de Chaves.

Em comunicado, A FNAM, lamenta que a urgência de ginecologia e obstetrícia e o bloco de partos do hospital de Braga, “sobrecarregando estes serviços nos hospitais de Guimarães e Famalicão, com potencial prejuízo para os médicos, pela exaustão, e para as grávidas, que ficam sem acesso à sua equipa médica local”.

A FNAM alerta que este encerramento, motivado por falta de médicos, “não estava previsto no plano “Nascer em Segurança no SNS” anunciado pela direção executiva do SNS”. E sublinha: “A este, somam-se os encerramentos do bloco de partos do hospital Beatriz Ângelo, do hospital Garcia de Orta e do hospital de Portimão, que também encerram e obrigam muitas grávidas a deslocarem-se quilómetros da sua área de residência e vigilância para terem assistência médica.”

“De Norte a Sul do país, o Governo está a atacar a saúde materno infantil no SNS, com uma arma de destruição maciça que é o encerramento de serviços e destruição de equipas. A falta de médicos deve-se à inoperância do ministério em chegar a um acordo global na negociação com os médicos”, remata.