Pedro Nuno Santos garante que privatização da TAP em 2015 foi negócio “mal feito”
Ex-ministro das Infra-Estruturas Pedro Nuno Santos está esta terça-feira a ser ouvido na Comissão de Economia, depois de meses de silêncio após a sua demissão.
O ex-ministro Pedro Nuno Santos, que tinha a tutela sectorial da TAP, disse hoje que “o negócio de venda da TAP não foi um acaso, é um padrão da forma como a direita vê as empresas públicas e as trata”.
O ex-governante, que desde a sua demissão se tem remetido ao silêncio, defendeu que o negócio de privatização da TAP, em 2015, feito pelo governo PSD/CDS, “foi mal feito”, porque a carta de conforto estipulava que, “se corresse bem, era dos privados; se corresse mal, era do Estado”.
“Todos diziam que a privatização em 2015 libertava o país, só que isso não aconteceu”, disse o ex-ministro, que se demitiu após a polémica com a indemnização de 500 mil euros paga à ex-administradora Alexandra Reis, que deu origem à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.
Pedro Nuno Santos lembrou ainda que as empresas públicas “não são peso sobre o Estado”, mas um instrumento do financiamento do Estado, em alternativa aos impostos, e garantiu que a capitalização dos fundos Airbus foi financiada certamente pela TAP.
Siga a audição de Pedro Nuno Santos em directo no Jornal Económico.
