Ataque ao Centro Ismaili: “Está afastado o crime de terrorismo”

Director-nacional da Polícia Judiciária garantiu que não há sinais de “radicalização”, admitindo que o atacante possa ter agido durante “um momento de um surto psicótico”.

O director-nacional da Polícia Judiciária afastou esta manhã “todos os sinais” de que o ataque desta terça-feira ao Centro Ismaili tenha tido motivação religiosa ou terrorista.

“Não há o mínimo indício, um único sinal que permita afirmar que estamos perante a radicalização de uma pessoa”, revelou Luís Neves, em conferência de imprensa. “Está afastado o crime de terrorismo.”

Luís Neves explicou ainda que a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária está a investigar a vida do atacante desde que saiu do Afeganistão, de onde fugiu com a mulher e os três filhos, rumo a um centro de refugiados na Grécia, onde a mulher morreu num incêndio, em Lesbos, até Portugal, onde chegou em 2021.

“Todos os indícios apontam para um crime de natureza comum”, acrescentou Luís Neves, antes de revelar que o mais provável é que o atacante tenha agido durante “um momento de um surto psicótico que terá levado a que este trágico acidente possa ter ocorrido.”

Duas pessoas morreram esta terça-feira, no Centro Ismaili, em Lisboa, na sequência de um ataque com uma faca.

Segundo a SIC Notícias, as duas vítimas mortais são duas mulheres portuguesas ismaelitas. Um funcionário do centro ficou ferido com gravidade e foi levado para o Hospital de Santa Maria para ser assistido.

O agressor foi atingido a tiro quando se preparava para atacar os agentes que responderam ao incidente. Foi levado para o hospital e encontra-se detido e sob custódia policial.