Macron alerta para escalada de palavras após Biden chamar “carniceiro” a Putin. Kremlin já reagiu

Presidente francês, Emmanuel Macron, lembrou que o objectivo é parar a guerra que a Rússia lançou na Ucrânia sem entrar em conflito.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou contra uma escalada das palavras e das acções na Ucrânia, após o homólogo norte-americano, Joe Biden, ter chamado ao homólogo russo, Vladimir Putin, “carniceiro”.

“Eu não usaria esse tipo de linguagem porque continuo a falar com o Presidente Putin”, declarou Macron ao canal de televisão France 3.

Joe Biden chamou a Vladimir Putin carniceiro após ser questionado por jornalistas na Polónia sobre o que pensava sobre as atitudes do Presidente russo. Não foi a primeira vez que o Presidente norte-americano criticou duramente as acções de Putin, responsável pela invasão russa da Ucrânia, que já causou milhares de mortes e provocou a fuga de mais de 3,8 milhões de pessoas do país.

Apesar de a União Europeia aplicar duras sanções, os líderes europeus têm sido cautelosos nas palavras. “Queremos parar a guerra que a Rússia lançou na Ucrânia sem entrar em guerra. Esse é o objectivo” e “se queremos fazer isso não devemos entrar na escalada nem das palavras nem das acções”, considerou Macron.

“Geograficamente, quem enfrenta a Rússia são os europeus. Os EUA são um aliado no quadro da NATO, com o qual compartilhamos muitos valores, mas quem convive com a Rússia são os europeus”, acrescentou.

O Kremlin não tardou a reagir às declarações de Joe Biden, classificando-as como “alarmantes”. “São declarações alarmantes”, afirmou o porta-voz Dmitri Peskov, acrescentando que Moscovo “continuará a acompanhar de perto” as declarações do Presidente norte-americano.