CEO da AstraZeneca responde a críticas: “Não nos arrependemos de nada”
A farmacêutica enfrenta uma acção judicial da União Europeia, devido às falhas no fornecimento de vacinas.
A AstraZeneca está debaixo de fogo devido à incapacidade de distribuição para a União Europeia e à exportação de vacinas de fábricas europeias para países terceiros. Apesar disso, o CEO da farmacêutica anglo-sueca diz que a empresa deve estar orgulhosa do que tem feito pelo mundo e que está a dar o seu melhor para produzir mais.
“Não nos arrependemos de nada. Não fomos perfeitos, mas fizemos o nosso melhor, devemos estar orgulhosos”, afirmou Pascal Soriot, em declarações ao The Guardian, acrescentando que está em curso a produção de mais 200 milhões de doses para distribuir a partir de Maio.
A farmacêutica – que só este ano forneceu mais de 300 milhões de doses a mais de 165 países – enfrenta uma acção legal da União Europeia.
Soriot afirma que “o mundo precisa desta vacina” e dá como exemplo a Índia – que está a braços com uma crise humanitária – onde 90% das vacinas são feitas com a fórmula da AstraZeneca. “Como seria a situação se não tivéssemos intervindo”, questionou.
A Comissão Europeia confirmou na segunda-feira que vai avançar com uma acção judicial contra a farmacêutica devido a falhas no fornecimento de vacinas contra a covid-19.
Segundo o porta-voz do executivo comunitário para a Saúde, Stefan de Keersmaecker, a acção judicial foi interposta porque “alguns dos termos” do contrato negociado entre a AstraZeneca e a Comissão Europeia “não foram respeitados”, não tendo a farmacêutica em questão apresentado uma “estratégia credível para assegurar a entrega atempada de doses”.