Operação Marquês. Juiz não encontra ilegalidades no caso de Sócrates ligado ao concurso do TGV
Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro e os outros 27 arguidos da Operação Marquês sabem se vão a julgamento e por que crimes serão pronunciados.
O juiz Ivo Rosa não encontrou ilegalidades praticados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates no concurso da linha ferroviária de alta velocidade Poceirão/Caia (TGV) e o mesmo se aplica à sua alegada intervenção no caso Parque Escolar.
Ivo Rosa concluiu no despacho instrutório da Operação Marquês, cuja leitura é esta sexta-feira realizada no Campus da Justiça, em Lisboa, que não ficou provado que Sócrates tivesse qualquer intervenção junto dos ministros das Obras Públicas e das Finanças, bem como junto do júri do concurso, para adjudicação da empreitada em causa.
Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro José Sócrates e os outros 27 arguidos da Operação Marquês sabem esta sexta-feira se vão a julgamento e por que crimes serão pronunciados.
Além de Sócrates, no processo estão também outras figuras públicas, como o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e Carlos Santos Silva, alegado testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro e seu amigo de longa data.
No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros.
A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, cuja leitura da decisão é realizada esta sexta-feira, no Campus da Justiça, em Lisboa, sendo esta passível de recurso, caso os arguidos não sejam pronunciados nos exatos termos da acusação.