O antigo secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa surgiu este domingo na campanha eleitoral da CDU para afirmar a importância de concretizar convergências e garantiu que não haverá qualquer dificuldade da parte dos comunistas para esse cenário.
“Considero que da parte do PCP e da CDU não haverá qualquer dificuldade em alcançar convergências em torno da defesa dos salários, da segurança social, do Serviço Nacional de Saúde, da habitação, sei lá quantas causas podem juntar esses democratas e patriotas na procura de uma vida melhor”, garantiu.
Na sua primeira presença nesta campanha ao lado do atual secretário-geral, Paulo Raimundo, a quem deu um abraço na chegada ao Rossio, Jerónimo de Sousa reiterou que os eventuais parceiros à esquerda “podem contar com uma só palavra” do PCP e da CDU, reconhecendo ser importante passar das intenções aos atos.
“Sempre que exista convergência em torno de causas profundas, de direitos fundamentais, se existir essa possibilidade, é importante essa concretização”, frisou.
Para o ex-líder comunista, “é possível um bom resultado” da CDU nas eleições legislativas de dia 10 e deixou um recado aos que perspetivam o desaparecimento do PCP do parlamento.
“A campanha tem sido interessante, embora acolitada por uma ideia de que vocês já perderam, vocês correm o risco de desaparecimento… eu sei lá quantas rezas e quantas pragas não fizeram e a CDU aqui está. Com força, com confiança, determinada a reforçar para bem dos trabalhadores, dos portugueses e de Portugal, na certeza de que a CDU vai avançar e vai conseguir os seus objetivos nesta campanha”, avisou.
Sublinhando a sua certeza de que a arruada de hoje “ainda não será a última” que faz pela CDU, Jerónimo de Sousa lembrou a sua experiência eleitoral de quatro décadas.
“Tenho uma vantagem que não têm. Já estou há muitos anos em campanhas eleitorais, há mais de 40, e sempre vaticinaram a desgraça para a CDU. Erraram. Temos a convicção hoje na ideia que é possível alargar a convergência com democratas, com patriotas, com aqueles que são vítimas da política de direita”, observou, resumindo o futuro da CDU: “Será com o Paulo, será com o Carvalhas, será comigo, será com esta massa imensa que vai dar a volta a isto”.