O líder do Chega aconselhou o Governo a “chorar menos e governar mais” e justificou a viabilização da proposta do PS sobre IRS por querer baixar impostos às pessoas, “independentemente de ser o partido A ou partido B”.

Sobre as críticas do PSD e do CDS, que acusaram o Chega de ser “muleta” do PS no parlamento, André Ventura considerou, esta quarta-feira, tratar-se de “choradeira” destes dois partidos. “O Governo devia chorar menos e governar mais, porque era assim que tínhamos evitado esta situação toda”, defendeu.

André Ventura falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias, em Santa Maria da Feira. “Nós sempre fizemos política desta forma, é independentemente de ser o partido A ou o partido B, nós queremos é baixar os impostos às pessoas”, sustentou.

André Ventura classificou também a proposta de PSD e CDS-PP como “anacrónica” e defendeu que foi o Chega que “permitiu que haja um desconto real, e não os dois cafés, ou os três cafés que a AD queria dar”. O líder alegou igualmente que o Chega é o “grande responsável pela descida dos impostos em Portugal”.

A proposta de nova tabela de taxas dos escalões do IRS do PSD e CDS-PP foi rejeitada em sede de comissão por PS, PCP, BE e Livre, com a abstenção do Chega. Em contrapartida, na Comissão de Orçamento e Finanças foi a aprovada a proposta do PS sobre redução das taxas do IRS até ao 6.º escalão, mas, ao contrário do PSD e CDS, mantendo as taxas dos escalões seguintes.