Rui Rocha afirmou este domingo que a Iniciativa Liberal recusa apoiar António Costa para um cargo europeu por não ter uma visão reformista e criticou propostas dos cabeças de lista do PS e AD às europeias.
“A Europa precisa de uma visão nova, de uma visão rejuvenescida e quando me perguntam se a IL apoiará António Costa para uma função na Europa eu digo não. Mas é má vontade? Não, é porque quem em Portugal não reformou, se conformou com a mediocridade, quem não desafiou interesses instalados, vai para a Europa fazer a mesma coisa”, afirmou Rui Rocha, na apresentação do manifesto da IL às europeias.
O presidente da IL criticou as propostas apresentadas nos últimos dias pelos cabeças de lista do Partido Socialista e da AD. “Um dos partidos tem no seu programa uma medida que é promover mecanismos europeus que contrariem a fuga de cérebros em Portugal. Ora, a União Europeia é um projeto de liberdade de circulação, esta gente quer que exista uma liberdade de ficar”, criticou, numa referência ao manifesto do PS.
Já quanto ao programa da AD, o líder dos liberais criticou a proposta de incluir a habitação na carta dos direitos fundamentais da União Europeia, questionando “quantas casas vai haver a mais” com essa inclusão. Sem referir nomes, o líder da IL deixou ainda críticas ao cabeça de lista do Chega, Tânger Correia, por ter defendido “ideias sem pés nem cabeça”, nomeadamente por ter demonstrado “simpatia para com Milosevic”, o ex-presidente da antiga Jugoslávia.
Cotrim Figueiredo, cabeça de lista da IL às eleições europeias, garantiu que quer “desinstalar interesses” em áreas como pensões, legislação laboral ou rendas congeladas e defendeu e restrições a Estados Membros com “tiques autoritários”.
“É preciso pôr a Europa a mexer. É preciso não ter medo de reformar. É preciso não ter medo de desinstalar os interesses instalados”, apontou.