António Costa apresentou a demissão e não vai recandidatar-se ao cargo de primeiro-ministro.

Numa declaração ao país, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, António Costa anunciou que decidiu demitir-se porque considera que “a dignidade das funções de primeiro-ministro não se compatibiliza com a suspeita da prática de qualquer ato criminal”.

O atual primeiro-ministro começou por garantir que tencionava cumprir o mandato até ao fim, em 2026, mas só lhe resta pedir a demissão e fechar um ciclo político. “Não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro. Isso que fique muito claro. Esta é uma etapa da vida que se encerrou.”

Garantindo que “desconhecia em absoluto a existência de qualquer processo”, António Costa afirmou que está de “consciência tranquila” e que não lhe “pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou censurável”.

“Fui hoje surpreendido com a informação, oficialmente confirmada pela PGR, de que já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim. Obviamente, estou totalmente disponível para colaborar com a justiça em tudo o que entenda necessário para apurar toda a verdade”, acrescentou o primeiro-ministro.