Francisco Rodrigues dos Santos: “António Costa é candidato à época de recurso”

Líder do CDS/PP acusa o primeiro-ministro e secretário-geral do PS de “não apresentar solução rigorosamente nenhuma para o país”, sendo que a “única proposta que tem um chumbo” – o Orçamento do Estado para 2022 reprovado pelo Parlamento.

O presidente do CDS/PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou o secretário-geral do PS, António Costa, de não ter “solução rigorosamente nenhuma para o país”, acusando de ser candidato “à época de recurso”. “António Costa é candidato à época de recurso. Chumbou no primeiro exame e agora vem com o mesmo orçamento, não apresenta solução rigorosamente nenhuma para o país, tentar a aprovação junto dos eleitores”, criticou o presidente centrista, ao terceiro dia de campanha eleitoral para as eleições legislativas de dia 30 de Janeiro.

“António Costa, a única proposta que tem para o país é um chumbo, é o orçamento chumbado”, acusou Francisco Rodrigues dos Santos, citado pela Lusa, aproveitou o mote de Ribeiro e Castro – que comentou que a proposta para este ano, rejeitada no parlamento, “é um orçamento da segunda época” de exames – para afirmar que “a receita que [o primeiro-ministro] apresenta é uma candidatura à época de recurso”.

Considerando “um absurdo”, Rodrigues dos Santos citou Einstein para defender que “insistir na mesma solução e procurar resultados diferentes é um exercício de fraca capacidade intelectual, no mínimo”.

Por isso, declarou, Portugal “precisa de uma receita completamente diferente” e de se “libertar do socialismo”. “Acrescentar metas de crescimento económico para que Portugal não continue a ser um país atrasado e a ser verdadeiramente cilindrado pelos países do bloco de leste, pasme-se, e para que os indicadores económicos e sociais do nosso país sejam objectivamente mudados”, reforçou.

Alargando as críticas à esquerda quando propõe “a devolução de rendimentos”, o líder centrista apontou que “só se for a devolução de rendimentos para o Estado através desta escravatura fiscal” e quanto à devolução de direitos, “só se for o direito a sermos pobres”. E sustentou que estes partidos querem “aumentar impostos, taxar tudo aquilo que mexe, diminuir o rendimento disponível das famílias e aumentar a dívida e a despesa pública”.

“Por isso é que o CDS apresenta um programa económico que é realista, que corta na despesa, que obriga o país a ter crescimento económico”, advogou, recusando que as propostas do seu partido desequilibrem as contas públicas, porque “muitas vezes baixando impostos a economia cresce e a receita fiscal do Estado aumenta”.

Francisco Rodrigues dos Santos lamentou também que os debates entre os candidatos às eleições legislativas de dia 30 não tenham permitido “uma discussão exaustiva sobre os temas que o partido precisa”, e criticou que por vezes tenham sido dominados por “assuntos que são completamente laterais”.